GNV - Saiba o que é Backfire

Essa reportagem foi publicada no jornal O Dia - Automania.

Eu tive uma Blazer com GNV e ficava furioso quando isso acontecia e era constante, troquei umas 3 vezes em apenas 1 ano o conjunto de filtro de ar que era destruido quando a explosão era mais forte. Por isso estou reproduzindo-a na integra para que mais pessoas tomem conhecimento.

GNV: conheça o que é ‘backfire’ e saiba como evitar as incômodas explosões no coletor

POR PEDRO CUADRAT

Rio - Quem nunca levou um susto quando estava caminhando e um carro que passava ao lado deu aquele estouro vindo de debaixo do capô?

Este barulho, que incomoda muita gente, tem nome (‘backfire’) e vítimas preferenciais (os proprietários de automóveis movidos a gás natural veicular).

Consequência de regulagem incorreta do kit GNV, principalmente se o ponto de ignição estiver atrasado — veículos movidos a GNV têm velocidade de queima menor, por isso,é necessário que o ponto de ignição seja adiantado —, o ‘backfire’ é o retorno da chama pelo coletor da admissão durante a sobreposição das válvulas. Isto acontece quando as válvulas de admissão e as de exaustão abrem ao mesmo tempo enquanto a queima na câmara de combustão ainda está ocorrendo, gerando barulhos no motor semelhantes a estouros.

Especialistas da NGK — fabricante de velas de ignição — alertam que o fenômeno pode resultar na perda de desempenho do veículo, danos no sistema de admissão (coletor de admissão e filtro de ar) e desgaste prematuro das velas de ignição. Eles afirmam ainda que o ‘backfire’ também provoca maior emissão de poluentes na atmosfera e aumento considerável do consumo de combustível.

Para evitar o ‘backfire’, o motorista deve ficar atento à instalação e regulagem do kit GNV, que, se mal feita, resulta em uma mistura pobre entre o ar e o gás. Também é recomendável a manutenção preventiva das velas e cabos de ignição, principais fontes de problemas no motor. No caso de veículos convertidos a GNV, a checagem dos componentes deve acontecer, no mínimo, uma vez ao ano ou a cada 10 mil quilômetros, já que uso do GNV aumenta o desgaste das velas e cabos.

Outra dica é a utilização de velas de maior ignibilidade — capacidade de gerar ignição — e dissipação térmica.