Uma constante em nosso grupo "Mais um fim de semana feliz"
Texto escrito por Paulo Roberto.
Grupo de amigos proprietários de veículos 4x4, amantes de expedições, passeios fora de estrada, Admiradores e Defensores da Natureza e com participações em competições.
"NOSSA DIVERSÃO COMEÇA ONDE O ASFALTO TERMINA"
13/01/2010 – Último dia da viajem - Diamantina
Tomamos café no horário de sempre e decidimos que o dia seria bem light. Fomos ao centro histórico de Diamantina, que merece ser visitado pelo alto número de construções históricas preservadas e retornamos a pousada para o churrasco entorno da piscina e comemorar o sucesso da expedição.
Bem amigos, espero que os relatos sirvam de parâmetros, para outros grupos planejarem esse tipo de viajem.
Vale muito a pena, o “Caminho dos Diamantes” é sem dúvida o trecho mais bonito da ER.
Quem desejar maiores informações, por favor não hesitem em nos contactar.
Paulo e Luiz Fernando
Dia 10/01/2010 - Terceiro dia em Conceição do Mato Dentro
O dia amanheceu sem uma nuvem no céu, promeça de sol muito quente nossa programação seria conhecer a região da Serra do Sipó.Café da manhã às 8:00 hs e saída em direção à Serra do Cipó às 9:30 hs. O grupo demorou mais tempo na mesa do café, seria nosso último dia na pousada. A Serra do Cipó fica distante cerca de 60 km de Conceição do Mato Dentro. A estrada é boa, porém tem muitas curvas perigosas. Prudência nunca é demais. O objetivo foi somente conhecer a localidade da Serra do Cipó. Estando lá, aproveitamos para visitar o caminho dos escravos, antiga estrada de pedra feita pelos escravos e muito conhecida na região. O acesso é pela rodovia MG-10 um pouco antes do camping cachoeira Véu de Noiva no sentido de Belo Horizonte ou logo após no sentido de Conceição do Mato Dentro. É uma caminhada média com alguns pontos pesados. Tem cerca de 600m de subida. Nessa estrada de pedra existe uma trilha que dá acesso a parte superior da cachoeira Véu de Noiva, muito disputada em fins de semana movimentados. Nesse dia o calor estava escaldante na cachoeira não havia espaço para colocar o pé, se levantar um vai fica igual saçi, num pé só. Após a visita ao caminho dos escravos, nos direcionamos para a cachoeira Serra Morena, cujo acesso fica a cerca de 5 km da Serra do Cipó no sentido de Conceição do Mato Dentro. Na estrada de acesso a cachoeira, tem o restaurante Rancho das Pedras que serve truta, traíra desossada e tilápia de boa qualidade. Decidimos parar antes de chegar na cachoeira para almoçar, o que se mostrou ser uma decisão muito acertada. Ao final do almoço, continuamos em direção a cachoeira Serra Morena. Ao chegarmos na entrada de acesso, imediatamente desistimos, visto que cobram uma taxa de R$ 15,00 por pessoa para visitá-la. Fizemos uma rápida comparação com outras cachoeiras que visitamos, de beleza superior (como a do Tabuleiro em Conceição do Mato Dentro, com 273 metros de queda, a terceira maior do Brasil) e com taxa de “manutenção” nunca superior a R$ 5,00. Voltamos para a estrada e paramos para fotos na estátua do Juquinha, personagem que andava na pela região entre Morro do Pilar e Conceição do Mato Dentro. Essa estátua foi uma homenagem dos prefeitos dos dois municípios citados. Esse é um local muito visitado e também é a porta de entrada para a cachoeira da Capivara. Continuando o retorno para Conceição do Mato Dentro, fomos visitar o parque Salão das Pedras (Long: -43.4395 / Lat: -19.0459 – altitude 887m) que fica a aproximadamente 5 km do centro da cidade. Lá vimos formações rochosas muito interessantes. Vale a pena visitar. Retornamos a pousada e fomos quase obrigados a ficar na piscina e na sauna , só o anoitecer nos tirou da piscina.
Relato criado por Paulo e Luiz Fernando.
E assim foi os 3 maravilhosos dias que passamos em Conceição do Mato Dentro, muita coisa ficou para ser visitado, pretendemos voltar em outra oportunidade, nossa expedição a Diamantina tem que ir em frente..
Dia 09/01/2010 - segundo dia em Conceição do Mato Dentro
Nossa programação para o dia é conhecer duas cacheiras lindíssimas a do “Tabuleiro” e a “Rabo de Cavalo”. Como de costume acordei cedo, por voltas das 6 horas, fui até os jardins da pousada, muitos pássaros também já passeavam pelos galhos dos arbustos, do pátio da pousada dá para observar todo o vale, muito fundo longo e cheio de pedras de todos os tamanhos e formas. O café da manhã começou a ser servido às 8:00 hs, por volta das 9 horas saímos em direção a cachoeira do Tabuleiro (Long: -40.5477 / Lat: -19.0750 – altitude 814m), que fica a cerca de 30 km do centro da cidade. Essa cachoeira possui uma queda de 273 m, sendo a terceira maior do Brasil e a maior de Minas Gerais. O objetivo era fazer a trilha até a base da cachoeira, prevista para 1h 30min, para se chegar a base da cachoeira é preciso caminhar pelo leito do rio mas infelizmente, por conta das chuvas que afetaram a região Sudeste, não podemos fazer a trilha e tivemos que nos contentar em apreciá-la do alto do mirante,. Um visual deslumbrante, mas com certeza teremos que voltar. Saímos da cachoeira do Tabuleiro e fomos conhecer a cachoeira Rabo de Cavalo, com 120 m de altura e mais uma beleza que tivemos o privilégio de apreciar. O acesso é por uma trilha média com trechos pesados que inclui a travessia do leito de 2 rios. Os carros mais baixos ficam parados à cerca de 1hr e 30 min da cachoeira. Veículos 4x4 podem aproximar-se mais, atravessando por um rio e ficam mais próximos da entrada da trilha. Curtimos muito o visual, tentamos nos banhar mas a água estava extremamente gelada, como já havia passado da hora do almoço e a galera já estava ficando azul, decidimos ir almoçar no Bela Vista (e tem mesmo uma bela vista). Dica: O Bar Bela Vista fica um pouco antes do local limite para os carros que não são 4x4, a posição é (Long: -43.5766 / Lat: -19.0203) que é administrado pela Deise. Vale a pena parar na ida para a trilha e encomendar o almoço. A comida é excelente e barata, além de estar próxima da cachoeira, que fica a cerca de 25km do centro da cidade de Conceição do Mato Dentro, ou seja, o restaurante mais próximo fica a mais de uma hora da saída da cachoeira. Para finalizar o dia, fizemos um relaxamento na piscina da pousada, tendo a vista do vale como companheira, podendo contemplar, ainda, o por do sol.
-- Relato produzido por Paulo e Luiz Fernando.
08/01/2010 Saída em direção a Conceição do Mato Dentro.
Como sempre, acordo cedo e vou direto para a janela, percebi que o dia amanheceu com muitas nuvens sinal que o sol iria demorar para aparecer. Tudo preparado bagagem arrumada hora do café da manhã às 8:00 hs, as 9:00 hs partimos em direção a Conceição do Mato Dentro-MG , trecho de deslocamento mais longo dessa expedição. Saímos em direção a Santa Barbara. Em Santa Barbara tivemos extrema dificuldade para localizar a sequência da ER, mesmo com planilhas e dicas, por conta do crescimento da cidade e da falta de sinalização. Na verdade, em todos os trechos que a ER cruza cidades que nasceram a partir dessa estrada, é complicado encontrar a sequência e as pessoas insistem em indicar caminhos pelo asfalto. Dica: seguir em direção a igreja matriz e para seguir pela ER com destino a Barão de Cocais, continuar em direção aos bairros Tenente Carlos e São Veríssimo. No final desses bairros é possível entrar novamente na ER. É importante informar-se na comunidade local, de preferência com pessoas mais velhas, visto que os mais jovens não tem noção de onde fica a ER. O trecho Santa Barbara – Barão de Cocais foi complicado por conta da plantação de eucaliptos. Muitas estradas vicinais foram abertas para escoamento da produção e não foram sinalizadas, o que, mais uma vez, dificultou bastante a continuidade da viajem e causou perda de percurso e tempo. Esse foi o pior trecho da ER. Foi onde perdemos mais tempo por conta das mudanças mencionadas. E um determinado ponto, deparamos com uma porteira fechada bem próxima a um dos marcos da ER. Nos informamos com um morador local, que nos informou que poderíamos passar, pois a continuidade da ER era ali mesmo e que havia um marco dentro da fazenda, o que pudemos constatar mais a frente. Chegamos em um ponto que visivelmente a ER foi perdida, não sendo possível localizar o caminho original e com isso chegamos a uma propriedade particular também fechada por uma porteira. O proprietário da fazenda nos informou que o trecho da ER naquele ponto só era possível passar a cavalo ou de moto. Em seguida nos deu autorização para cruzar a propriedade. Após cruzarmos a fazenda e chegar a rodovia MG-129, encontramos novamente os marcos da estrada original no ponto onde deveríamos sair, porém encontramos mais uma porteira e essa estava trancada com corrente e cadeado. Do outro lado da pista, um campo de futebol foi construído no meio do caminho da ER e fizemos questão de atravessá-lo. A partir daí o trecho foi tranquilo até chegarmos a outra rodovia MG-436 não sem antes observarmos a construção de um condomínio de casas populares às margens da ER em Barão de Cocais, certamento vai criar novas dificuldades. No trecho Barão de Cocais – Cocais, após, mais uma vez, penarmos para descobrir a continuação da estrada, fomos informados por um morador local que não seria possível continuarmos por estrada de terra devido a uma queda de barreira e erosão muito grande na mesma, que foi reparada com a colocação de manilhas, porém não terminada, impossibilitando a passagem de qualquer tipo de veículo. Tivemos que seguir pelo asfalto até Cocais – cerca de 10 km de estrada asfaltada. O trecho Cocais – Conceição do Mato Dentro foi um trecho bem tranquilo. Muito bem sinalizado e sem erros e com o visual típico da região da ER No entanto, o progresso já está chegando e a estrada já possui trechos asfaltados e sendo preparada para asfaltamento entre Ipoema e Itambé do Mato Dentro, onde não vimos nenhum marco da ER, mas obtivemos informações com tranquilidade. Entre Morro do Pilar e Conceição, fizemos 2 paradas obrigatórias, uma numa bica de água mineral, para tirarmos a poeira da estrada e nos refrescarmos e outra numa ponte que fica acima de um cânion muito bonito e de profundidade impressionante. Dica: Em Ipoema não deixe de visitar o Museu do Tropeiro. Uma parte importante da história da ER e do Brasil encontra-se lá. Chegamos na pousada Vale das Pedras (Long: -43.4292 / Lat: -19.0725 – altitude 778 m) às 19:00, que fica às margens da rodovia MG-10 à 5 km do centro de Conceição do Mato Dentro. Ao sair na rodovia, vire a esquerda. A pousada fica a cerca de 4 km no em direção a Serra do Cipó. Após tirarmos a poeira ,e que poeira mas muita poeira mesmo, fomos ate a cidade para jantarmos, mas não conseguimos localizar um bom restaurante com isso fomos a uma pizzaria, não gostamos muitos das pizzas.
-- Relato criado por Paulo e Luiz Fernando.
06/01/2010 – Terceiro dia em Lavras Novas – Partida em direção a Catas Altas onde seria nossa nova base de apoio.
Descemos para o restaurante da pousada, com tristeza por deixa-la e expectativa no dia que de novo amanheceu lindo. Sentamos para degustar aquele mineiríssimo (café) e lá estava ele, o bolo de milho ainda com aquela fumacinha pairando no ar. Decidimos de uma vez por todas esquecer os regimes até o fim dessa expedição. Bagagem arrumada é hora de por o pé na estrada pois teríamos muita poeira pela frente, aliás foi muita poeira mesmo, eu viajava com minha ranger logo atrás do Luiz Fernando em sua F-250, que poeira, mas a poeira agente tirava nas dezenas de cachoeiras ao longo da estrada. Tudo pronto às 9:00 hs. Decidimos mudar um pouco o roteiro e experimentamos um trecho do Caminho Novo entre Lavras Novas e Ouro Branco, sentido Rio de Janeiro – Como não poderia deixar de ser, passamos por visuais lindos com o misto de poeira, lama e pequenas erosões, após algumas fotos retornamos pelo trecho acima citado e entramos numa rota alternativa que não faz parte da ER, no sentido do lugarejo de Rodrigo Silva em direção a Ouro Preto, para voltarmos ao Caminho dos Diamantes, sentido Catas Altas, nosso destino final nesse dia. Enfim encontramos o “marco” indicando o leito da ER seguimos até as cidades de Ouro Preto e Mariana, trecho que encontra-se asfaltado. Voltamos ao trecho original(de terra) na saída de Mariana em direção a Camargos e Bento Rodrigues. Além dos lugarejos mencionados, passamos por dentro da cidade de Santa Rita Durão, Morro da Água quente e, finalmente, Catas Altas. No trecho entre Santa Rita Durão e Morro da Água Quente observamos que um dos marcos ficou colocado no meio de um trevo que não existia, e, infelizmente, nos fez errar o caminho por cerca de 10km e nos levou até uma obra na estrada secundária, que ia em direção a Mariana. Essa foi nossa primeira decepção. Só então nos certificamos que estávamos na direção errada com a ajuda de um caminhoneiro. Observamos, por exemplo, alguns marcos danificados pelo fato da ER ter sido alargada para facilitar o tráfego dos caminhões da mineradora. Esse trevo criado para facilitar a manobra dos caminhões dificulta a identificação do caminho correto pelos apreciadores da ER, para quem não sabe a ER é toda identificada por um marco em forma de um triangulo isósceles onde o lado diferente indica o caminho correto a seguir a sua esquerda ou direita. Logo que encontramos o caminho correto continuamos a viajem, logo à frente desembocamos na MG-262, em Morro da Água Quente, já no asfalto, teríamos que localizar o marco para continuarmos, mas a essa altura já estávamos famintos, resolvemos então almoçar e investigar onde estaria o marco correto da ER. Às margens da rodovia MG-262, localizamos o Rancho do Potér – comida mineira no fogão a lenha, almoçamos e demos um breve descanso e voltamos a caça do marco. Em Morro da Água Quente, deparamos com a segunda decepção na ER. A intervenção da mineradora Vale, por conta da construção de uma barragem, interrompeu um trecho da ER que liga essa cidade a Catas Altas. Tivemos que dar a volta pelo asfalto, pois fomos informados que a passagem estava proibida nesse trecho.
-- Relato criado por Paulo e Luiz Fernando.